Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) falou sobre a operação da Polícia Federal contra ele e seu irmão, Cid Gomes (PDT-CE). Nesta manhã, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão em suas residências, em ação que apura supostas fraudes e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos durante o processo de licitação das obras da Arena Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013.
Ciro Gomes, que atualmente é pré-candidato à Presidência da República em 2022 pelo PDT, afirmou que considera a operação “uma aberração”, uma vez que a medida cautelar (busca e apreensão) não deveria ser implementada 10 anos após o suposto ocorrido.
Segundo Ciro, a delação premiada apresentada em 2017 – feita por um diretor da empresa que ganhou a licitação – não menciona “em nenhum momento” que ele teria recebido ou pedido qualquer tipo de propina, ou vantagem.
“Qual é o sentido de fazer busca e apreensão sobre uma figura pública, candidato à Presidência da República, por fatos que teriam ocorrido em 2012? Ninguém faz busca e apreensão nessa condição, portanto, está muito flagrante a aberração que aconteceu, mas vou reagir com toda a força contra esses que produziram esse factoide”, disse.
À CNN, Ciro Gomes afirmou que pretende entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) caso o “erro” não seja reparado.
“Determinei que eles [advogados] fizessem uma petição ao juiz federal do Ceará, para que ele, percebendo que cometeu um erro – ao qual foi induzido pelo delegado da Polícia Federal – se ele volta atrás, ele estará fazendo justiça, se ele não voltar atrás, também contra ele eu vou representar no Conselho Nacional de Justiça”, afirmou.
Ciro disse que também pretende representar contra o delegado de Polícia Federal, que, segundo ele, “troca todos os fatos, faz um relatório absolutamente arbitrário e calunioso”.
CNN
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