Vice-presidente Hamilton Mourão e presidente da Câmara, Arthur Lira — Foto: Guilherme Mazui/g1 e Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixarão o país neste sábado (17), em plena campanha eleitoral, em razão da viagem do presidente Jair Bolsonaro ao exterior.
Mourão e Lira não teriam agendas no exterior, mas serão obrigados a viajar para não inviabilizarem as próprias campanhas. A Constituição diz que presidente, vice-presidente, governadores e prefeitos precisam renunciar aos mandatos até seis meses antes das eleições para disputar um outro cargo.
Com a viagem de Bolsonaro, Mourão se tornaria presidente em exercício – e assim, ficaria impedido de disputar as eleições para qualquer outro cargo. Sem Bolsonaro e Mourão no país, o terceiro na sucessão seria Arthur Lira, que também está em campanha.
Mourão concorre a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul, e Lira tenta se reeleger como deputado federal por Alagoas.
Bolsonaro viaja neste sábado à noite ao Reino Unido para acompanhar o funeral da Rainha Elizabeth II. Na segunda (19), o presidente segue para Nova York, onde participará da Assembleia-Geral da ONU, na terça (20). Tradicionalmente, presidentes do Brasil fazem o discurso de abertura. Bolsonaro inicia a viagem de volta ao Brasil no mesmo dia.
Durante a viagem, a presidência será ocupada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – que tem mais quatro anos de mandato e não disputará as eleições deste ano.
Peru e EUA
Primeiro na linha sucessória, o vice-presidente Hamilton Mourão viajará para Lima, no Peru, a partir deste sábado. Ele fica no país até o dia 20.
Lira escolheu viajar para a Assembleia-Geral da ONU – mesmo compromisso de Bolsonaro em Nova York. Por tradição, desde 1955, o Brasil é o primeiro país a discursar na sessão de líderes da assembleia. O presidente da Câmara fica nos Estados Unidos entre sábado e terça.
g1
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