Presidente eleito Lula – Foto: Ricardo Stuckert/ PT
Mesmo diagnosticado com inflamação nas cordas vocais e leucoplasia na laringe, a agenda do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), no Egito na próxima semana, inclui um pronunciamento oficial, evento com governadores da Amazônia e encontros com membros da sociedade civil.
Lula participará da conferência na quarta-feira (16/11) e na quinta-feira (17/11). Na sexta-feira, o próximo chefe do Executivo federal segue para Portugal, à convite do presidente Marcelo Rabelo Sousa, onde tem encontro com autoridades portuguesas. No fim da semana, ele retorna para o Brasil.
Veja a programação do mandatário:
Quarta-feira (16/11):
- Às 11 horas (16h de Brasília): participa do evento Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática, na companhia dos governadores Antônio Waldez Góes da Silva, do Amapá, Gladson de Lima Cameli, do Acre, Mauro Mendes, do Mato Grosso, Helder Barbalho, do Pará, Wanderlei Barbosa , do Tocantins, e Marcos Rocha, de Rondônia;
- Às 17h15 no Egito (22h15 em Brasília): pronunciamento oficial na “zona azul”, local coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta é a área restrita à organização onde ocorrem as negociações entre líderes mundiais.
Quinta-feira (17/11)
- Às 10 horas (15h de Brasília): tem um encontro com representantes da sociedade civil brasileira, no Brazil Hub;
- Às 15h (20h em Brasília) o presidente eleito se reunirá com os representantes do Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
A expectativa é de que Lula tenha encontros bilaterais com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e com os presidentes Joe Biden (EUA) e Emmanuel Macron (França). A posição do presidente eleito no Brasil, bastante aguardada na cúpula da ONU, não deve ter grandes surpresas.
COP27
A COP27 começou no último domingo (6/11) e vai até o dia 18 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito. A cúpula tem a proposta de apresentar soluções para todas as nações envolvidas no esforço global de frear a crise climática, mas esbarrou nos altos níveis inflacionários da Europa e dos EUA, na crise energética e nos rombos fiscais deixados pela pandemia.
As negociações até o momento se formalizaram em torno da redução dos gases dos efeitos estufa e do controle sobre os impactos das mudanças climáticas – que já são uma realidade. Mas, o mapa na mesa este ano é bastante diferente do encontrado na COP26, na Escócia.
Para a próxima semana, a questão que deve ganhar protagonismo gira em torno de como os países industrializados, que mais contribuíram com problemas ambientais, deveriam arcar financeiramente com os reparos dos países que sofrem os impactos das mudanças climáticas diretamente: a esse fenômeno, foi dada a denominação de “perdas e danos”.
Com informações Metrópoles/Jornal Opção
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