Governo do RN anuncia pagamento do 13º salário só para quem ganha até R$ 5 mil


Centro Administrativo do Rio Grande do Norte (Foto: Bruno Vital/G1)

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou que o Governo do Estado pagou na terça-feira, 20, a segunda parcela do 13º salário para os servidores da Educação e dos órgãos com arrecadação própria, como Idema, Detran e Jucern. A quantia equivale a 70% da gratificação natalina.

Segundo a governadora, o dinheiro já foi enviado para o banco e deverá estar disponível na conta dos servidores até esta quarta-feira, 21.

Ainda de acordo com Fátima, na próxima sexta-feira, 25, será a vez dos servidores das demais áreas e que recebem até R$ 5 mil. Não houve divulgação de prazo para pagamento para os servidores que recebem acima deste valor.

De acordo com a lei, trabalhadores públicos ou privados devem receber a última parcela do 13º salário até hoje, dia 20 de dezembro. A primeira parcela deve ser paga até dia 30 de novembro.

Em junho, os servidores da Educação e de órgão com arrecadação própria receberam a primeira parcela, de 30%. Em 30 de setembro, o governo estadual pagou uma parcela também de 30% para os que ganham até R$ 4 mil e para as forças de segurança, independente de faixa salarial. No fim de novembro, foi paga uma nova parcela de 30% para quem recebe salário acima de R$ 4 mil.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Direta do Rio Grande do Norte (Sinsp-RN) afirmou na terça-feira que, nos bastidores, a intenção do Governo do Estado é terminar de pagar o 13º salário de 2022 apenas nos primeiros dias de 2023.

A subtenente Márcia Carvalho, presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiros Militares (ASSPMBMRN), considera a forma de pagamento como “mais uma demonstração do desrespeito do Governo do Estado com seu funcionalismo, em especial os da segurança pública”.

“Agindo desta forma, o Executivo contradiz a campanha política que garantiu a reeleição da gestão, quando afirmava deixar em dia as folhas de pagamento, e afeta diretamente o comércio local, prejudicando a arrecadação estadual”, afirma a líder de entidade, acrescentando que a categoria pode ir à Justiça para cobrar o pagamento.

Com informações 98 FM Natal

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