Foto: Ilustrativa/Câmara dos Deputados
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou nesta terça-feira (14) que vai processar quem vem afirmando que ele tem ligação com chefes e integrantes do crime organizado. “Irei processar os autores das mentiras. Aliás, fui avisado por um jornalista que a próxima ‘notícia jornalística’ é que tenho ligações com o PCC”, escreveu Dino em uma rede social.
As acusações contra o ministro começaram depois que a mulher de um líder de facção criminosa participou de encontros dentro do prédio do ministério, com secretários e gestores. “Não há prova de nada, rigorosamente nada, então precisam de uma reunião que não existiu e de uma fraude com um vídeo. Daqui a pouco vão descobrir que sou mesmo um super-herói dos Vingadores. Além de criminosos, são ridículos”, completou Dino.
Nesta segunda (14), começou a circular nas redes sociais uma gravação em que o ministro estaria, supostamente, com a esposa do miliciano. No entanto, a mulher que aparece Dino nas imagens é a humorista Virgínia Alvares, que rebateu as acusações. “Estão vendo a maldade? Agora, vão ter que provar”, afirmou Virgínia em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
“A mentira de hoje, continuando a canalhice de ontem, é que essa senhora do vídeo abaixo é uma criminosa com quem eu teria me reunido, o que é absolutamente falso, como afirmo desde ontem”, destacou Dino, também em uma postagem nas mídias digitais.
Esposa de miliciano
Luciane Barbosa Farias esteve ao menos duas vezes neste ano no Palácio da Justiça, em Brasília. Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, um dos líderes do Comando Vermelho, que foi preso em dezembro de 2022. A informação foi revelada pelo Estadão.
Depois que o caso veio à tona, a pasta publicou, nesta segunda-feira (13), uma portaria que muda as regras de acesso à sede do órgão. A obrigatoriedade de um cadastro com antecedência de 48 horas entrou no protocolo de acesso para reuniões no ministério.
Os visitantes e os acompanhantes deverão informar seu nome e CPF. Assim, será possível realizar uma checagem por parte da equipe de inteligência, outra etapa que será adotada para evitar casos como esse.
Apesar de reconhecer a visita, o ministério explicou que Luciene não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. “A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes”, disse a pasta em uma nota oficial.
Luciene, que também é conhecida como “dama do tráfico amazonense”, esteve com Elias Vaz, secretário nacional de Assuntos Legislativos, em março. Ele explicou que a audiência atendia a uma solicitação da Associação Nacional da Advocacia Criminal, feita pela advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro.
Janira entrou acompanhada de duas mães de jovens assassinados — que pediram celeridade nas investigações da morte dos filhos —, além de Luciane Farias, que falou sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário brasileiro. “Por essa razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais”, explicou Vaz.
R7
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