Foto: Reprodução/Redes sociais
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compararam os tiros registrados em um comício de Donald Trump neste sábado à facada sofrida pelo então candidato à Presidência do Brasil na campanha de 2018. O próprio Bolsonaro prestou solidariedade a Trump em publicação nas redes sociais, na qual também informou que verá o colega “na posse” — antevendo uma vitória trumpista na eleição presidencial dos Estados Unidos neste ano.
Trump, ex-presidente dos EUA e candidato do Partido Republicano contra o atual presidente Joe Biden, deixou seu comício no estado da Pensilvânia com sangue no rosto; segundo o Serviço Secreto, ele encontra-se a salvo.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente brasileiro, publicou nas redes o momento em que barulhos de tiros são ouvidos no comício de Trump, que leva as mãos ao rosto e se abaixa. Flávio associou o episódio a adversários que estão “sempre tentando resolver as coisas na bala ou na faca”. “Alguma semelhança?”, questionou o senador.
Em setembro de 2018, quando liderava as pesquisas de intenção de voto no primeiro turno da eleição presidencial no Brasil, Bolsonaro foi alvo de uma facada durante atividade de campanha em Juiz de Fora (MG).
Aliado de Flávio e responsável pela segurança de Bolsonaro durante a campanha de 2018, após o atentado em Juiz Fora, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) publicou em suas redes sociais uma colagem com fotos dos ex-presidentes brasileiro e americano após os respectivos ataques.
Um dos filhos de Bolsonaro, Jair Renan, pré-candidato a vereador em Balneário Camboriú (SC) pelo PL, compartilhou a mesma imagem e foi mais explícito na comparação:
Jair Renan, filho caçula do ex-presidente Jair Bolsonaro, comparou tiros em comício de Trump à facada sofrida pelo pai em 2018.
“E a História se repete! Se não podem vencer, tentam matar. Trump irá voltar”, escreveu o filho caçula de Bolsonaro.
O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) também associou os tiros no comício de Trump ao atentado sofrido pelo pai na campanha de 2018, e ironizou detratores que associaram a facada de 2018 à ação de “um lobo solitário” ou a um “ato forjado”. Investigação da Polícia Federal sobre o atentado contra Bolsonaro concluiu que o autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho, e constatou que ele carregava uma faca com lâmina afiada capaz de causar “feridas incisas”.
Outros aliados de Bolsonaro no Congresso Nacional, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), usaram frases similares para descrever o ataque no comício de Trump, sempre com alusões ao episódio ocorrido no Brasil:
“Já vi esse filme antes”, escreveu Cleitinho. “A história se repete”, completou Nikolas, na mesma rede social.
Ambos os comentários foram feitos na publicação em que o ex-presidente Jair Bolsonaro prestou solidariedade e desejou “pronta recuperação” a Trump. Junto à mensagem, o perfil de Bolsonaro publicou uma foto de Trump com traços de sangue no rosto e o punho erguido em direção a seus apoiadores.
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