Depois que o filho de três anos m0rreu após ser picado por um escorpião, a arquiteta Michele Carvalho tem usado as redes sociais para denunciar a falta de atendimento adequado. Artur m0rreu em 3 de novembro do ano passado. Ele chegou a ser atendido no Hospital de Jaguariúna, no interior de São Paulo, mas a unidade não tinha soro antiescorpiônico disponível.
“Tudo aconteceu dia 2/11/24. Arthur tinha uma bota que adorava brincar e eu sempre pegava batia e guardava dentro de casa. Ele acordou bem brincou e pegou a bota e foi na garagem colocar como de costume e voltou chorando. Eu perguntei o que havia acontecido ele mancando “ achei q tinha caído no chão”ele pegou a bota e me entregou “ ele ainda não falava muito bem”e eu bati a bota no chão e o escorpião saiu. Foi desesperador. Corri pro hospital. 13:00 estava no hospital “ NAO TINHA O SORO” as 14:00chegamos na unicamp de transferência e só foi tomar o soro as 15:00 e foi tarde demais. O veneno do escorpião devastou meu filho. E eu o perdi”, desabafa.
Michele contou que até esta segunda-feira (13/1), dois meses após a m0rte do filho, a família não havia sido procurada pela direção do hospital ou pela Prefeitura da cidade. A Defesa Civil do município também não realizou nenhum contato para verificar possíveis indícios de um ninho de escorpiões na casa onde a criança morava.
Segundo a mãe, Arthur não tinha problemas de saúde antes de ser picado. A arquiteta contou que, após ser atendido em Jaguariúna, o menino foi transferido para Campinas, também no interior de São Paulo, onde recebeu o soro e, em seguida, foi encaminhada para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entre a noite do dia 2/11 e a manhã do dia seguinte, Artur sofreu sete paradas cardíacas.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado como m0rte súbita no 4º Distrito Policial de Campinas. A Prefeitura de Jaguariúna informou que a nova gestão da Secretaria de Saúde está buscando, junto à Secretaria de Estadual de Saúde (SES-SP), a possibilidade de contar com o soro antiescorpiônico em sua unidade hospitalar.
A gestão ressaltou que a distribuição de soros antiescorpiônicos é de competência estadual, conforme protocolos técnicos estabelecidos pela SES-SP. A Prefeitura lamentou o “trágico ocorrido” e reforçou que está colaborando com as autoridades estaduais na prevenção e no combate a casos como esse.
Metrópoles
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